terça-feira, 1 de setembro de 2009

Poesias novas que em breve estarão em um novo livro, estas foram feitas neste final de semana em Floripa>>>


Flashes subaquáticos



No belo que contempla algo etéreo.
Supérflua lisergia que passa escancarada,
no sol, na areia, na desértica areia.

Nos flashes subaquáticos,
pensa uma mente, bate na onda e pensa o ser vivente.
Nos acasos, nos tsunamis disfarçados.


Conhecemos, nos beijamos, nos entendemos,
numa lisergia que passou e
no simples vento que soprou.

Simples


A simplicidade é um simples fator que une a desproporcionalidade.
Disparidade e o simples caminhar envolto ao mar.
Na simplicidade e na simples e tão sonhada disparidade, simples simplicidade.


Identidade


Identidade efêmera e necessária,
identidade um ponto, uma foto,
um nome, uma direção.

Identidade, DNI, Green Card,
Identidade é o que temos que pagar,
antes do chip se propagar.

Uma cláusula assinada, às vezes sem a filiação,
Que esconde um passado, que é falsa,
Identidade, papel, plástico, chip.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Folhas em branco



Talvez um lamento,
um pranto pedindo Socorro,
SOS, vem cá que eu te levanto.

Sem meias palavras,
e sempre um pranto.
passa o ônibus, não tem metrô.

Canto, pra vida passar, não rápida, canto,
num sorriso contido, sórdido bizarro, canto,
e na minha sublime risada a água cantou,

E com seu despertar contido o bem-te-vi sem palavras,
disse em meias palavras seu real canto,
e canta bem-te-vi, o que tens que todos querem teu sopro?

Bem-te-vi, me calo e levanto,
sem a lisergia passada,
me calo e canto.


Me pergunto se o que tem mais,
é o que merece mais, talvez sim,
talvez na pura e nítida intuição não.

Palavras fortes, tanto o sim, quanto o não,
mais forte que o choro ou o sorriso,
mais forte que um nórdico riso.

Mais forte que um lamento de dor,
uma conquista de amor,
palavras são fáceis de serem descartadas.

Como uma seringa, uma injeção,
como um teste de HIV,
que você fez na contra-mão,

Queria agora escrever, em inglês, castellano, francês,
a única língua que gostaria,
mais não sei.

Temo algumas frases no singular, subtraio muitas que estão no plural,
tento voar, tento cantar, sonho e quero ainda ser um ser,
que se deixe amar.
Utópica globalização



Vivemos em um mundo globalizado,
e por isso às vezes somos descapacitados,
inatos, talvez uma boa “surra” traria algo sufrágio,
abstrato, raro, mais não trágico.


Começa tudo my dear,
e depois, depois, depois,
eu não gosto da palavra depois.

Porque vivemos o momento,
E não há tempo pra depois,
Seguimos em frente, naquela utopia latente.

Sim, as malditas utopias,
os erros trágicos da ortografia,
paramos, respiramos e pensamos,
pensamos?


Num futuro próximo,
no amor ao próximo,
utopias, a vida é cheia de utopias.

Essa letra escrevi especialmente para Karina K tava devendo, mais mandei também para Ana Carolina, curti, tava inspirado rsss...

O samba fluoresce na terra



O samba floresce na terra
Na batida, na pisada que esfria a costela
O samba não se inventa, se canta, se revela.


O samba de verdade veio de cartola,
quem diria que até Noel Rosa viria ser discutido nas novelas
salve Tia Ciata, e sua maestria eterna, Paulinho da Viola, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Candeia, enche de alegria minhas veias mundanas, minha real nostalgia.

Viva Alcione,marrom de corpo e alma,
viva Beth Carvalho,uma rosa, o cheiro do orvalho,
Jamelão esse sim tinha pulmão, energia eterna
Leci Brandão, meu Brasil turbilhão.



O samba floresce na terra
Na batida, na pisada que esfria a costela
O samba não se inventa, se canta, se revela.


Salve Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, Martinália,
Salve o morro que clareou, com a luz divina de Clara Nunes
Um sol contínuo, eterna clara, que continua a rodopiar sua saia.

Salve Marisa Monte e a velha guarda da Portela,
Salve Dna Ivone Lara, toda sua prole rara,
Salve a nova geração, Roberta Sá,Thalma de Freitas e Teresa Cristina, menina.

Arlindo Cruz, o saudoso João Nogueira, que mantém a tradição,
salve os tambores de salvador, mangueira,Beija Flor
Diogo Nogueira, entrando pela porta da frente, o poder da criação.

O samba floresce na terra
Na batida, na pisada que esfria a costela
O samba não se inventa, se canta, se revela.



Eu aqui me despeço de vocês, guardo meu tamborim, o pandeiro e a cuíca
com a certeza de que o samba não irá morrer,
o samba é eterno e para muitos uma razão de viver.

Escrevi ontem esta poesia linda, depois de um dia intenso e de rosas brancas enviadas, mandei a letra para marina Lima e Adriana Calcanhoto, será...

A arte imita a vida





A arte imita a vida, que não vale a pena ser contida,
nos múltiplos sentido, nos amores,
que nunca devem ser reprimidos.

No lúdico palco, no “plié” e,
passos ensaiados, na rosas brancas enviadas,
no amor, no ainda inexistente amor.


A vida imita a arte,
que pulsa, que salta e que espera,
um aplauso intenso e compassado.


Sou um palhaço, neste mundo insano e retardado,
nesta hipocrisia que tacha, que xinga e te casta,
os aplausos sempre respondem ao não fracasso.


E no acaso da vida,
mesmo sendo palhaço, o salto é maior,
e a queda vem acompanhada de um forte abraço.

domingo, 31 de maio de 2009

Jornal Anotícia
16/11/2008


http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2294113.xml&template=4191.dwt&edition=11111&section=1205
Jornal Gazeta de Joinville
14/09/2008

http://www.gugameneghim.blogger.com.br/2008_09_01_archive.html

Em Buenos Aires


O publicitário joinvilense Rodrigo Domingos, 31 anos, vem abrindo seu espaço no mercado cultural argentino, mais especificamente Buenos Aires. Há oito meses vivendo na capital portenha onde estuda direção de cinema e TV, desenvolve diversos projetos relacionados à cultura. Em setembro inicia as gravações de seu curta de ficção “Simón”, que narra a história de um jovem argentino da província, classe média em busca de um sonho: assistir ao show de sua banda preferida na capital portenha.


Debut poético

E não pára por aí: no mês de novembro lança no centro cultural Pachamama em Buenos Aires, seu primeiro livro de poesia com o título “O Início do Assoprado”. O livro será bilíngüe, português, espanhol, terá ilustrações dos artistas plásticos argentinos Laura López e Sérgio Fernandez,com 106 páginas, publicado pela editora Milena Caserola. Rodrigo avisa que muito mais vem por aí!